O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior, afirmou, na segunda-feira (23), que a Força Aérea Brasileira (FAB) é legalista e cumprirá a lei, caso o presidente Jair Bolsonaro não seja reeleito nas eleições em outubro. Suas palavras, contudo, dão margem para diferentes interpretações.
Isso, porque, para o presidente Jair Bolsonaro, que constitucionalmente é o chefe supremo das Forças Armadas, o cumprimento da lei quanto às eleições passa pela auditoria dos votos nas urnas eletrônicas, e muito embora o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já tenha apresentado argumentos afirmando que os votos são auditáveis, o chefe do Planalto vem dando indicativos de discordância quanto ao entendimento da Corte.
Assim, de forma ampla, o comandante da Aeronáutica disse que “a Força Aérea é legalista, vai cumprir as leis”. A declaração surgiu após ele ser indagado por jornalistas sobre qual seria o papel da FAB se o resultado das urnas não confirmar a reeleição de Bolsonaro.
Baptista Júnior também explicou, na ocasião, que haverá uma força tarefa das três Forças (Aeronáutica, Marinha e Exército), coordenada pelo Ministério da Defesa, para ajudar na logística da votação, como transporte de urnas e assegurar que a votação ocorra em clima de tranquilidade.
“Em todas as todas as eleições, nós somos responsáveis por grande parte do transporte das urnas. O voto de quem está em Santa Rosa do Purus (AC), de quem está em Barcelos (AM), é caro para a gente, mas esse é o preço que a gente tem que pagar pela participação democrática de todos os cidadãos que têm direito de votar. Fazemos com muita eficiência, com muita confiança no resultado, no transporte de todas as urnas”, disse o brigadeiro, acrescentando:
“E fazemos uma operação chamada GVA (Garantia da Votação e da Apuração), em todas as eleições. Garantir que não ter confusão, que vai ser feito em clima de tranquilidade a votação. Nós usamos todos os meios das três Forças”. Com informações da Folha PE.