O presidente Jair Bolsonaro discursou em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (25), onde voltou a fazer observações em tom de cobrança sobre o sistema eleitoral brasileiro. Na ocasião, o chefe do Executivo também ironizou os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e fez críticas indiretas ao que chamou de “censura” contra seus apoiadores.
“O voto tem que ser contado”, disse Bolsonaro. “Não podemos disputar uma eleição com a mínima suspeição de que algo esteja errado. Eu acredito que as eleições sejam limpas e confiáveis. Só podemos disputar eleições desta maneira, não podemos aceitar.”
Na sequência, o presidente, que vem criticando duramente alguns ministros do TSE há meses, ironizou ao chamá-los de “querido”, dizendo que eles desejam “do fundo do coração” eleições transparentes no Brasil.
“Queremos eleições limpas, e tenho certeza que temos com o que colaborar com o TSE, com o nosso querido Alexandre de Moraes, o querido (Luís Roberto) Barroso e o querido (Edson) Fachin, para que isso aconteça. Tenho certeza que do fundo do coração deles, eles querem isso”, afirmou o presidente.
Bolsonaro também comparou as eleições com uma disputa de futebol, a fim de explicar que a seriedade é diferente, de modo que as discussões típicas sobre lances que podem decidir a vitória de um time numa partida, não podem ser aceitas quando o assunto é a eleição política.
“Aqui não é uma disputa de campeonato de futebol, onde já vimos uma grande torcida falar: ‘Olha, foi gol de mão, mas com gol de mão é mais gostoso’. Para eleições, não vale isso não. Vale a seriedade, vale a transparência e vamos perder ou ganhar dentro das quatro linhas”, disse ele.
“Agora, quem está dentro das quatro linhas, não admite sair dela, tem obrigação, obrigação de fazer quem está das quatro linhas vir para dentro de campo”, concluiu o presidente da República.