A Casa Branca estuda ampliar o alcance de medidas punitivas contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a Lei Magnitsky. Informações indicam que, além do ministro Alexandre de Moraes, já sob análise, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considera incluir na lista de sanções outros dois magistrados da Corte brasileira: o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e o decano Gilmar Mendes.
As sanções, de grande alcance, poderiam impactar severamente os alvos, bloqueando acesso ao sistema financeiro internacional, restringindo transações em dólar e até o uso de cartões de crédito.
Segundo avaliação do governo norte-americano, o ministro Barroso, por exercer a presidência do STF, teria responsabilidade significativa nas ações atribuídas a Moraes, às quais supostamente concordaria, inclusive em casos que envolvem denúncias de violações de direitos humanos.
Já o ministro Gilmar Mendes, o mais antigo em exercício no Supremo, estaria, de acordo com fontes em Washington, utilizando sua influência junto aos demais colegas para apoiar o que é caracterizado como “arbítrios reiterados” praticados por Moraes.
Conforme análise do colunista Paulo Cappelli, publicada em Metrópoles, a estratégia inicial seria aplicar as sanções primeiro contra Alexandre de Moraes. O passo seguinte seria monitorar a reação e o comportamento dos demais ministros após o impacto das restrições sobre o colega.
Ainda de acordo com as informações, a opção de estender as punições ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, também estaria sendo discutida como parte do possível pacote de sanções.