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    Twitter já havia acusado Moraes de “censura prévia” antes de ser comprado por Musk

    Apesar das críticas do empresário Ellon Musk às decisões do ministro Alexandre de Moraes serem recentes, a reação do antigo Twitter (hoje “X”) contra a conduta do magistrado não é de agora, segundo informações do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

    “Em setembro de 2021, o Twitter Brasil afirmou ao Supremo que as decisões de Moraes contra usuários da rede poderiam ser ‘censura prévia'”, lembrou o jornalista, destacando alguns exemplos daquela época.

    “Na ocasião, Moraes havia determinado que o Twitter bloqueasse os perfis do deputado Otoni de Paula, do cantor e ex-deputado Sérgio Reis e do militante Oswaldo Eustáquio”, completou Amado.

    A manifestação do então Twitter naquela época, portanto, ocorreu cerca de um ano antes da empresa ter sido comprada por Ellon Musk, o que sugere que a reação recente do bilionário se baseia nos comunicados já feitos pela plataforma.

    Após as críticas de Musk ao ministro, o Congresso Americano solicitou mais informações ao empresário, tornando o caso ainda mais visível mundialmente. O jornal britânico “The Economist”, por exemplo, o embate com Moraes mostraria que o STF “goza de autoridade descomunal sobre a vida dos brasileiros”.

    Já para a colunista Maria Anastasia O’Grady, do jornal “The Wall Street Journal”, o inquérito das fake news, conduzido por Moraes, “não tem nada a ver com conter o domínio das grandes tecnologias ou reduzir os riscos para a democracia ou mesmo proteger as crianças das redes sociais”.

    “Isso mostra que o Brasil não tem mais um Judiciário independente. A triste realidade é que a sua democracia está a morrer em plena luz do dia”, diz ela em sua coluna, segundo informações da CNN Brasil.

    Ao comentar a repercussão das críticas de Musk, o ministro Luiz Roberto Barroso, também do STF, disse considerar “esse assunto encerrado do ponto de vista do debate público. Agora, qualquer coisa que tenha que ser feita, tem que ser feita no processo, se houver o descumprimento”.

    “Por mim, esse é um assunto [em] que a gente deve virar a página”, defendeu o magistrado. Em nota, o X Brasil informou que continuará cumprindo as ordens da Justiça brasileira. Não se sabe com certeza, porém, se a nota não passa de uma manifestação formal ou se ela se representa, de fato, um posicionamento contrário às manifestações de Musk.

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