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    Reviravolta? Delatado como mandante da morte de Marielle fez campanha para o PT

    O caso de assassinato da vereadora Marielle Franco, há mais de cinco anos no Rio de Janeiro, parece ter um novo e polêmico capítulo. Isso porque, agora, o delator Ronnie Lessa, o autor dos disparos que mataram a parlamentar e seu motorista, Anderson Gomes, teria revelado que o mandante do crime foi o o ex-deputado estadual Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

    O nome de Brazão já havia sido citado durante as investigações do caso, mas voltou à tona agora, com a delação inédita de Lessa, que ainda será homologada, segundo informações apuradas pelo site The Intercept Brasil.

    Como durante esses anos a esquerda nacional ficou fazendo especulações do assassinato de Marielle, associando o caso ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e seus apoiadores, a revelação de que Brazão seria o mandante caiu como uma “bomba” no meio político, tendo em vista que o mesmo, em 2014, apoiou a campanha do Partido dos Trabalhadores para a reeleição da então presidente da República, Dilma Rousseff.

    Além disso, segundo o Metrópoles, Brazão também angariou apoio na Assembleia Legislativa do Rio, inclusive do PT, para ser indicado ao TCE. Na ocasião, Jorge Picciani, do mesmo partido de Brazão, presidia a Alerj.

    Por meio das redes sociais, apoiadores de Bolsonaro, incluindo parlamentares como Nikolas Ferreira e o senador Magno Malta, passaram à explorar a delação contra o PT, apontando o passado de Brazão como ligação com a esquerda.

    O passado do delatado não é nada bom. Contra ele pesam acusações de improbidade administrativa, fraude, máfia dos combustíveis e o envolvimento com milícias para a compra de votos e formação de curral eleitoral.

    A motivação do crime, segundo a revista esquerdista Carta Capital, seria uma suposta vingança contra o ex-deputado Marcelo Freixo, à época filiado ao PSOL.

    “Enquanto também deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Brazão entrou em disputas políticas com Freixo. Marielle trabalhou com Freixo durante 10 anos, até ser eleita vereadora, em 2016. A rixa entre os parlamentares tem origem central em 2008, quando o nome de Brazão foi citado no relatório final da CPI das Milícias, presidida por Freixo, como um dos políticos ‘liberados’ para fazer campanha política em Rio das Pedras”, informa a mídia.

    Isto é, aparentemente, a circunstância do crime envolve conflitos antigos entre figuras políticas de grande influência no Rio de Janeiro, sendo as principais ligadas ao espectro político de esquerda, e não da direita, como alguns haviam especulado.

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