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    Quarentena: 360 restaurantes em Brasília fecharam e 8 mil pessoas perderam o emprego

    Às consequências da quarentena do novo coronavírus afetaram de forma significativa os restaurantes em Basília, fazendo com que até o momento 360 estabelecimentos fechassem as portas e mais de 8 mil funcionários perdessem o emprego.

    Às informações são do Sindicato Patronal dos Hotéis, Bares e Restaurantes de Brasília (SINDHOBAR). Jael Antônio Silva, presidente do Sindhobar, explicou que o sistema delivery não foi suficiente para manter as contas em dia.

    “Quem fatura mais hoje fatura cerca de 20% do que faturava antes. Isso é no máximo o valor mínimo para manter o estabelecimento funcionando, porque eles continuam pagando água, continuam pagando aluguel, continuam pagando funcionários”, disse ele, segundo o Jornal de Brasília.

    Os restaurantes em Brasília foram afetados em diferentes proporções. Os mais novos, contudo, sentiram mais os impactos da quarentena, visto que precisariam de mais recursos para conseguir suportar o período de inatividade.

    Mas também restaurantes renomados e já antigos no mercado, como o Kawa, localizado na Asa Sul, sentiram os efeitos negativos da pandemia. Hoje o estabelecimento luta para se manter aberto e continuar recebendo figuras ilustres como autoridades da Embaixada do Japão, frequentadores do local.

    “Esse restaurante é a realização de um sonho de família. Tínhamos mais de 10 mil clientes fidelizados, mais de 5 mil ao mês antes da pandemia”, disse o proprietário José Afrânio Cabral Rios ao falar do estabelecimento antes da quarentena.

    Infelizmente, por causa da pandemia, o restaurante em Brasília considerado referência na culinária japonesa teve uma queda de 70% em seu faturamento. “Tivemos que mandar embora metade do quadro e nos adequar ao novo mercado de delivery”, disse Cabral.

    Restaurantes no DF lutam para se manter

    O Coco Bambu, um dos mais tradicionais restaurantes no DF, já demitiu 600 funcionários só na Capital Federal. A dificuldade também está relacionada ao grande porte das empresas, visto que a estrutura exige maior custo de manutenção em todos os aspectos.

    “Nós conseguimos renegociar dívidas com os fornecedores e reduzir o valor dos aluguéis, mas mesmo com isso e com o delivery, não conseguimos fechar a conta. São restaurantes de 3mil metros quadrados para funcionar apenas o delivery”, disse Eilton Studart, um dos sócios da rede.

    “Se a situação dos restaurantes continuar assim, serão 60 mil famílias que vão perder seus empregos até o fim do mês de julho”, lamentou.

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