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    Pandemia: 20 mil pessoas perderam o emprego em bares e restaurantes de Brasília

    A pandemia do novo coronavírus marcou o ano de 2020 pelo fechamento de inúmeros comércios, o que acarretou uma onda de demissões, já que diversos empresários não tiveram como arcar com às despesas dos seus estabelecimentos. O setor de bares e restaurantes foi um dos mais prejudicados.

    O presidente da Abrasel e vice-presidente do Sindhobar, Beto Pinheiro, concedeu uma entrevista onde falou dos desafios do setor, destacando que agora em 2021 as dificuldades ainda serão muitas.

    “2020 pegou o nosso setor em cheio. Ficamos quatro meses fechados, trabalhando só com deliverys. Depois dessa reabertura, vamos retomando o movimento e as nossas receitas. Estamos com vários agravantes neste momento”, disse ele ao Correio Braziliense.

    Pinheiro criticou um decreto emitido no Distrito Federal que determina o funcionamento dos bares e restaurantes até às 23h. Ele disse entender que a medida visa evitar aglomerações, mas frisou que o número de estabelecimentos que não cumpriam os protocolos de prevenção é menor se comparado à maioria.

    Ele também apontou que, na prática, a medida não funciona, visto que não há fiscalização suficiente. “O DF Legal não tinha equipe suficiente para fiscalizar todo o Distrito Federal. Lembrando que eles têm que fiscalizar bares, restaurantes e todos os outros setores. As aglomerações podem acontecer em outras empresas e no ambiente privado”, afirmou.

    Para o empresariado, especialmente os que atuam no setor de serviço, o momento é crítico, pois muitos fizeram empréstimos no ano passado, esperando o retorno da normalidade, o que acabou não acontecendo.

    “Preocupa-me a parte trabalhista e os empréstimos que foram feitos pelos empresários. Muitos desses empréstimos tiveram carência de seis meses que estão acabando agora”, explica Pinheiro, que por fim lamenta o número de trabalhadores que perderam os empregos em bares e restaurantes.

    “O setor demitiu bastante gente. Por volta de 20% do quadro que tínhamos, cerca de 20 mil do total de 100 mil trabalhadores. Além disso, tivemos mais de 2 mil CNPJs que deixaram de existir. O universo era de 10 mil, é 20% a menos também”, conclui.

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