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    Sem dinheiro, FAB prevê paralisar 40 aeronaves e afastar 137 pilotos, diz jornal

    Um documento interno do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), vazado nas redes sociais nesta terça-feira (1º/7), indica que a Força Aérea Brasileira (FAB) adotou uma série de medidas para reduzir gastos diante de restrições orçamentárias determinadas pelo governo federal.

    A planilha, intitulada “Impactos”, foi divulgada no perfil @viajandocomoluiz, administrado pelo funcionário público Luiz Carlos Machado, e detalha nove iniciativas para contenção de despesas.

    Medidas anunciadas no documento

    Conforme o registro, as ações incluem:

    1. Redução de horas de voo e corte no efetivo de pilotos;

    2. Paralisação de 40 aeronaves da frota operacional;

    3. Afastamento de 137 pilotos, inclusive do Grupo de Transporte Especial (GTE), responsável pelo transporte de autoridades;

    4. Suspensão do fornecimento de aeronaves para eventos públicos e missões externas;

    5. Adoção de jornada reduzida para servidores da FAB e do DCTA.

    Confirmação e posicionamento oficial

    Uma fonte das Forças Armadas, ouvida pela reportagem, confirmou a autenticidade das informações. Procurada, a FAB não detalhou os pontos específicos, mas emitiu nota admitindo um “substancial plano de contenção” no valor de R$ 812,2 milhões, equivalente a 17% do orçamento do Comando da Aeronáutica (COMAER).

    O corte origina-se do Decreto nº 12.447/2025, que contingenciou R$ 2,6 bilhões do Ministério da Defesa.

    Impactos operacionais e estratégicos

    Segundo a nota oficial, os recursos retidos incluem:

    • R$ 483,4 milhões em despesas discricionárias (custos operacionais e logísticos);

    • R$ 328,8 milhões em projetos estratégicos, como aquisições de novas aeronaves.

    A FAB destacou que os cortes, aplicados a sete meses do fim do exercício fiscal, geraram “impactos severos em praticamente todas as atividades, desde operacionais até administrativas”.

    Adicionalmente, o Ministério da Defesa já havia alertado em comunicado anterior que as limitações orçamentárias afetam “o reabastecimento de aeronaves, aquisição de lubrificantes, peças de reposição e reparos em motores”.

    Contexto fiscal

    O contingenciamento integra o ajuste fiscal do governo federal para 2025, que atingiu R$ 26,7 bilhões em diversos ministérios. A Defesa responde por 9,7% desse total, com a Aeronáutica absorvendo 31,2% do montante setorial. A FAB informou ainda que negocia “ajustes contratuais para mitigar atrasos na entrega de aeronaves” devido aos cortes em projetos estratégicos. Com informações: Oeste

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