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    Gilmar: ‘Não há como legitimar mandato de quem potencializa desconfiança nas urnas’

    Durante o seu voto no julgamento responsável pela manutenção da cassação do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR), ocorrido na tarde de ontem (07) na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes aproveitou para mandar uma recado aos demais candidatos nas eleições desse ano.

    “Não há como legitimar o mandato de alguém que é escrutinado sob esse mesmo registro eletrônico de voto, mas ostenta características de potencializar a desconfiança da população nas urnas sob as quais ele mesmo foi eleito”, afirmou Gilmar.

    “Aceitar como normal ou legítimo esse discurso de deslegitimação do resultado das urnas volta-se, analisando o retrospecto histórico da nossa República, contra a própria Constituição Federal de 1988, a qual juramos protegê-la”, acrescentou o ministro.

    A declaração de Gilmar também é uma indireta para o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), que vem levantando suspeitas sobre o sistema eleitoral. O chefe do Executivo, aliás, fez um duro discurso após o resultado do julgamento pela 2ª Turma do Tribunal.

    “Entrego para qualquer um a faixa, mas tem que ganhar no voto. Transparente. Se o Lula tem 45%, vamos dar transparência para ele ganhar no Primeiro turno. Quem tem que ganhar a eleição é que tem mais votos. Por que não deixam os técnicos militares entrarem no TSE?”, afirmou o presidente.

    Bolsonaro também criticou a cassação de Francischini, afirmando que não há tipificação de crime sobre “fake news” no Brasil. Segundo o presidente, a decisão da 2ª Turma, que venceu os votos dos ministros Kássio Nunes e André Mendonça, seria ilegal e um “ataque à democracia”.

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