Depondo nesta terça-feira (22) na CPI da Pandemia, o deputado federal e médico Osmar Terra, apontado como um dos principais defensores do chamado “tratamento precoce”, afirmou durante o seu depoimento que o isolamento social como medida preventiva não funciona.
“Se isolamento funcionasse, não morreria ninguém em asilo”, disse ele, citando em seguida dados estatísticos de outros países, relacionados aos idosos em asilos. Terra reforçou o seu argumento dizendo que já passou por cinco epidemias diferentes, como a da H1N1, e estudou bastante o assunto nessas ocasiões.
“Os asilos foram lugares de maior número de mortes no ano de 2020: 46% das mortes nos Estados Unidos foram em asilos, 80% das mortes no Canadá, 70% da Suécia, que não fechou nada”, disse o parlamentar.
Questionado sobre o motivo das suas previsões no começo do ano passado não se concretizarem, como o fim da pandemia em junho passado, o parlamentar explicou que fez uma análise com base nas informações disponíveis naquela ocasião, tendo como referência o contexto original da China.
“A China teve um surto completo, começou, subiu, desceu e terminou; tem 4 mil mortos em um país de 1 bilhão de habitantes. Esses números nos levaram à ideia de que não seria um surto tão forte”, argumentou o deputado.
Conhecido também por citar a tese da imunidade de rebanho, Terra explicou que esse conceito não é defendido como um método de prevenção ou combate à pandemia, mas como uma consequência natural da imunização gradativa da população, quer seja por vacinas ou pela contaminação inevitável.
“Não existe nenhuma proposta aqui de deixar a população se contaminar livremente. A imunidade de rebanho é uma consequência, é como terminam todas as pandemias”, afirmou.
