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    Querem cassar Moro para retirar “todos os potenciais adversários em 26”, diz Janaína

    A ex-deputada estadual Janaína Pachoal saiu em defesa do senador Sérgio Moro, fortemente criticado nos últimos dias devido ao seu voto secreto durante a sessão que aprovou Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.

    Para Janaína, por mais que considere errado Moro não ter revelado seu voto, a reação contra o senador deve levar em consideração a suposta tentativa da esquerda de eliminar os potenciais adversários para a Presidência da República em 2026. Leia a íntegra do seu texto, abaixo:

    “Muito conveniente a exposição que levou os admiradores dos feitos do Senador Sérgio Moro à profunda decepção, às vésperas do julgamento que pode cassar seu mandato e, pior, torná-lo inelegível.

    Li o parecer do Ministério Público Eleitoral, opinando pela cassação e pela inelegibilidade. É preciso dizer que, no parecer, afirma-se claramente que NÃO houve corrupção eleitoral; diz-se também não estarem presentes outros ilícitos que lhe foram atribuídos, como abuso dos meios de comunicação.

    O parecer pela cassação e pela inelegibilidade alicerça-se nos gastos feitos pelo PODEMOS, no período de pré-campanha, quando todos acreditavam que Moro concorreria à Presidência.

    Muito embora eu entenda que Moro errou ao trocar de partido no último minuto do segundo tempo e que errou ao não assumir seu voto na sabatina ao Ministro Dino, não me parece acertado destituir um Senador por gastos partidários feitos, quando efetivamente se pretendia lançá-lo à Presidência!

    A situação em questão não foi uma fraude. Ele não se lançou pré-candidato à Presidência para ter visibilidade. Ele realmente queria concorrer, tanto, que buscou consenso no União Brasil para a sua candidatura, sem sucesso.

    Considero muito sério retirar o mandato do maior desafeto do Governo do momento, por situações que o próprio MPE reconhece não caracterizarem corrupção. Mais inadmissível ainda é tirar esse potencial opositor do jogo eleitoral por nada.

    Moro pode até estar sendo pego pela própria vaidade, de aceitar salário, staff, carros, motoristas pagos com dinheiro público em período pré-eleitoral. Mas as siglas que pedem sua cassação também mantém seus quadros como funcionários!

    Minha preocupação não diz com a pessoa, mas com as instituições. Aos poucos, todos os potenciais adversários em 26 estão sendo minados. Bolsonaro, Deltan, Moro… aqueles que assistem calados e tentam ficar bem com os poderosos de plantão podem ser os próximos.”

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