O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou sobre o momento onde foi confrontado por brasileiros em sua visita aos Estados Unidos. Ao se referir aos cidadãos indignados com a atuação do magistrado, ele os chamou de “horda de selvagens”.
Segundo Barroso, a resposta que deu a um brasileiro, ao chamá-lo de “mané”, também teria sido fruto da impaciência. “Gostaria de dizer que só perdi a paciência depois de três dias, em que uma horda de selvagens andava atrás de mim, me xingando de todos os nomes que alguém possa imaginar”, afirmou.
Quanto aos demais eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), contudo, o magistrado disse respeitá-los. Ele buscou se justificar quanto à fala em tom de deboche contra o manifestante que o confrontou nos EUA.
“Mas eu, como todas as pessoas, tenho o maior respeito e consideração pelos 58 milhões de pessoas que votaram em um candidato. Porque, como eu disse antes, a democracia não é um modelo de ‘alguns’, é o governo de todos e, portanto, todos merecem respeito e consideração, mas os humanos têm o direito de perder a paciência em alguns momentos da vida”, disse Barroso, segundo o G1.
Indignação popular
Não apenas Barroso, mas outros ministros do STF, como Gilmar Mendes e, principalmente, Alexandre de Moraes, se tornaram alvos da indignação popular ao longo dos últimos meses. A reação é fruto das críticas quanto a atuação dos mesmos, considerada parcial no tocante à campanha eleitora.
Foi com base nisso, inclusive, que o Partido Liberal (PL) ingressou com uma ação no TSE, acusando a corte de parcialidade, tendo supostamente favorecido o petista Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente do Tribunal, contudo, ministro Alexandre de Moraes, negou o recurso e multou a legenda em quase R$ 22 milhões por suposta litigância de “má-fé”.