O presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou as suas redes sociais para ironizar uma carta divulgada pela Universidade de São Paulo (USP), a qual obteve o amplo apoio por parte da oposição e figuras ligadas à esquerda política do país. Em sua publicação, o líder do executivo fez alusão a fatos atribuídos aos seus adversários.
“Se eu defender menos transparência nas eleições, financiar ditaduras comunistas na América Latina, manter diálogos cabulosos com o narcotráfico e tentar controlar a mídia, serei chamado de democrata? Ou na verdade isso não depende do que se diz, mas de que lado você está?”, ironizou Bolsonaro.
Em sua live semanal na quinta-feira (28), Bolsonaro também criticou o fato de alguns empresários e banqueiros terem assinado a carta da USP, questionando o motivo do documento falar em defesa da democracia durante a sua gestão. Para ele, não há razões para tal mobilização.
“Tem uma nota de alguns empresários, alguns banqueiros, alguns artistas pró-democracia. Olha, quem é contra a democracia no Brasil? Em três anos e meio [houve] algum ato meu contrário à democracia?”, questionou o presidente.
Para o governo, a adesão de banqueiros ao documento refletiria uma insatisfação em reação à implementação do PIX, o qual eliminou a necessidade do pagamento de taxas por transações financeiras como transferências e pagamentos online. Neste sentido, os valores que a população teria deixado de pagar ultrapassam a casa dos bilhões de reais.
– Se eu defender menos transparência nas eleições, financiar ditaduras comunistas na América Latina, manter diálogos cabulosos com o narcotráfico e tentar controlar a mídia, serei chamado de democrata? Ou na verdade isso não depende do que se diz, mas de que lado você está?
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 29, 2022