Na noite da última quinta-feira (16) o Congresso Nacional aprovou o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022, medida necessária que estipula os limites de gastos do governo federal para uma série de atividades, entre elas o financiamento de campanha eleitoral, o chamado “fundão”.
Por 40 a 33 votos a maioria dos deputados aprovou a LDO, mas nela havia uma proposta de aumento do atual fundão eleitoral, na casa de R$ 2 bilhões, para R$ 5,7 bilhões. Para tentar evitar esse aumento, o partido Novo apresentou um requerimento pedindo a exclusão dessa proposta, mas ele foi rejeitado pela Câmara.
Com isso, todos os deputados que votaram a favor da LDO acabaram ajudando a aprovar, também, o aumento do fundão, ainda que por tabela. No entanto, alguns deles como os deputados Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis e Carla Zambelli, publicaram suas declarações de voto, onde destacam que foram favoráveis ao requerimento do Novo – pela exclusão do aumento do fundão.
“Aqui minha declaração de voto como prevista no art 45 do Regimento Comum do Congresso. Minha digital está aí. A favor da LDO, de forma muito responsável e a favor do destaque 12, contra o Fundão de 6 bilhões”, afirmou a deputada Bia Kicis em sua rede social, exibindo o documento.
A deputada Carla Zambelli, por sua vez, também negou ter votado a favor do fundão, dizendo ser contra o uso do dinheiro público para campanhas eleitorais. Ela também publicou em sua rede social a imagem do documento onde o seu voto é esclarecido. Confira abaixo:
Eduardo Bolsonaro também se manifestou: “Votei SIM à LDO (que engloba vários temas) e CONTRA o fundão eleitoral (SIM ao destaque)”, disse ele, também publicando a sua declaração de voto, conforme é possível ver abaixo:
Essas informações são importantes porque, na prática, refutam inúmeras manchetes de parte da mídia que acusam a base do governo de ter votado a favor do aumento do fundão, mas sem explicar o contexto de como se deu a votação, o requerimento do Novo por sua exclusão e o papel da LDO.