O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros, resolveu pedir a quebra de sigilo bancário de mídias jornalísticas, como a rádio Jovem Pan e sites identificados com a direita política, como o Jornal da Cidade, Senso Incomum, Conexão Política e o Renova Mídia. Para a deputada federal Carla Zambelli, no entanto, este avanço da comissão contra a imprensa parece um “surto”.
Zambelli compartilhou um trecho do pedido feito por Renan contra a Jovem Pan, apontando erros aparentemente de digitação para ironizar o senador, como se o mesmo tivesse apenas copiado e colado, sem os devidos cuidados na redação do requerimento.
“Parece piada, mas não é: no absurdo pedido de quebra ‘dfe’ (sic) sigilo da @JovemPanNews, Renan troca as bolas e diz que a EMPRESA é ‘assessora especial do Poder Executivo’. Rolando de rir no chão. Será que ele não lê o que protocola? Teve um surto psicótico? Ou nem olhou na hora do ‘Copy & Paste’?”, disparou a deputada.
A produtora Brasil Paralelo também foi alvo do requerimento. Em suas redes sociais, a empresa rebateu a insinuação de que teria atuado na disseminação de conteúdo falso ou de que estaria a serviço de interesses políticos por recompensa financeira.
“As finanças da empresa são auditadas pela maior empresa de auditoria do mundo, a Ernst & Young, e a nossa política de não receber dinheiro público faz parte do nosso programa de compliance implementado pela multinacional Grant Thornton”, disse o o cofundador da empresa, Filipe Valerim.
“Se esses políticos querem mobilizar o poder do Estado para ter acesso a nossas contas bancárias, não temos o que temer. Além disso, se a investigação se confirmar, estamos ansiosos para depor na CPI. Até hoje, todos os que tentaram usar a estratégia de difamação contra a Brasil Paralelo, ainda que conseguissem manchetes de jornais, perderam na Justiça”, destacou.
https://twitter.com/CarlaZambelli38/status/1421816751633932288