Em declaração ao jornalista Allan dos Santos nesta quarta-feira (30), Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), confirmou estar fora do Brasil e planeja denunciar publicamente o magistrado.
Durante videoconferência, Tagliaferro afirmou: “Sou um dos perseguidos. Estou no mesmo inquérito que vocês”, referindo-se a investigações relacionadas a bolsonaristas.
Acusações contra Moraes
Tagliaferro descreveu o ministro como “narcisista e autoritário”, alegando que Moraes “ataca, humilha e amedronta servidores”. Sobre provas que promete divulgar, declarou: “Tenho bastante coisa. Tem ações fraudulentas – ele sabe do que falo”. Questionado se deixou o país para evitar retaliações, respondeu: “Sim. Estou fora, graças a Deus, trabalhando para isso”.
Apoio a Eduardo Bolsonaro
O ex-assessor elogiou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro nos EUA, rejeitando que o objetivo seja apenas “salvar o pai”: “É uma luta para tirar a tirania e o domínio da esquerda, que quer controlar o país”. Concluiu com elogios: “Seu trabalho merece meus parabéns”.
Contexto do indiciamento
A Polícia Federal (PF) indiciou Tagliaferro em abril por violação de sigilo funcional no caso “Vaza Toga”. Segundo a PF, ele repassou ilegalmente informações sigilosas da Assessoria de Combate à Desinformação do TSE à imprensa. Diálogos com sua esposa, interceptados pela PF, corroborariam a acusação.
Tagliaferro não revelou sua localização atual, mas informou que pretende seguir para os Estados Unidos. Suas prometidas denúncias contra Moraes ainda aguardam divulgação pública.