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“Tem gente que quer que eu extrapole”, diz Bolsonaro ao pedir paciência

"Tem gente que quer que eu extrapole", diz Bolsonaro ao pedir paciência

Foto: reprodução/redes sociais

As últimas duas semanas foram conturbadas para alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, após a ativista Sara Winter conceder entrevistas atacando bolsonaristas da base fiel ao governo, incluindo o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, acusado por ela de orientar ataques ao Supremo Tribunal Federal, o que já foi negado.

Nesse contexto, Bolsonaro concedeu uma entrevista onde procurou rebater as críticas que vem recebendo por parte da ala ideológica considerada mais radical, a qual acusa o presidente de ter abandonado a luta por pautas conservadoras para focar na sua governabilidade junto ao “centrão”.

Segundo o presidente, uma reação drástica da sua parte neste momento contra as “arbitrariedades” de outras autoridades iria favorecer o discurso dos adversários, pois o país iria enfrentar consequências econômicas mais severas, somadas à crise da pandemia.

“Espera, calma, vamos fazer a nossa parte, vamos reagir, se indignar. Sabemos das arbitrariedades que acontecem, são graves as arbitrariedades… gravíssimas. Eu muitas vezes fico me remoendo pra ver o que eu vou fazer, mas as consequências dos meus atos podem ser pior pra todo mundo”, afirmou o presidente.

“Tem gente que quer que eu extrapole”, destacou Bolsonaro, se referindo à oposição, dando a entender que o acirramento dos conflitos políticos e entre os poderes, como vinha acontecendo antes do dia 7 de setembro passado, serviria como um ambiente propício para novas acusações contra o governo.

Neste sentido, o presidente indicou que a sua estratégia para contornar a situação é por via eleitoral, quando poderá dar continuidade ao seu projeto político, caso seja reeleito no próximo ano, com o apoio de novos deputados, senadores e governadores eleitos em 2022, assim como pela indicação de novos ministros para o STF.

“Você pode ver, quando fala em renovação… quem se eleger em 2022 bota mais dois [ministros] no Supremo em 2023… dá pra mudar o Brasil”, avaliou o presidente.

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