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    Protesto pelo impeachment de Lula, dia 16, terá por objetivo pressionar o Congresso

    Quatro meses após a última grande manifestação, a oposição no Congresso Nacional decidiu retomar as ruas como palco de pressão popular para avançar no pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    O movimento, que ganha força diante das recentes crises econômicas e políticas, tem como argumento técnico as suspeitas de irregularidades fiscais no programa Pé-de-Meia, uma iniciativa de transferência de renda para estudantes.

    Além disso, o descontentamento com a alta dos preços dos alimentos, a desvalorização do real e os esforços do governo para ampliar a taxação sobre a população têm alimentado o clima favorável à mobilização.

    O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), autor do pedido de impeachment, afirmou em entrevista que a pressão popular será crucial para o avanço do processo no Legislativo. “Com o povo brasileiro indo às ruas para pedir sua saída, acredito que isso será fundamental para avançarmos com o impeachment aqui no Congresso”, declarou Nogueira. A manifestação, marcada para o dia 16 de março na Avenida Paulista, em São Paulo, tem como objetivo materializar a insatisfação crescente contra o governo.

    A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) também destacou o momento propício para a mobilização. “As pessoas já estão impacientes. Lula deu motivos de sobra, e sua popularidade está despencando, até em seus redutos eleitorais. Acho que já passou da hora, mas precisamos aproveitar esse momento”, afirmou.

    A organização do evento está sendo conduzida por ativistas de direita, que arrecadam doações para custear a produção de material publicitário e a contratação de equipamentos, como carros de som.

    Crises econômicas

    O cenário político que sustenta o movimento pelo impeachment começou a se desenhar no final de 2023, com uma série de crises que abalaram a confiança no governo Lula. Em dezembro, o dólar ultrapassou a marca de R$ 6, refletindo a desvalorização do real e a instabilidade econômica.

    Em janeiro, a tentativa da Receita Federal de ampliar o monitoramento de operações financeiras, incluindo o Pix, gerou temores de aumento da taxação sobre a população mais pobre. A medida foi cancelada após forte repercussão negativa, mas deixou marcas na percepção pública sobre a gestão petista.

    A crise dos preços dos alimentos também entrou no radar da oposição. Após declarações do ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre possíveis intervenções para baratear os alimentos, houve temores de congelamento de preços e interferência no livre mercado.

    Embora o governo tenha negado a intenção, o assunto ganhou destaque no Congresso e nas ruas. Durante a abertura dos trabalhos legislativos, deputados de oposição protestaram usando bonés com a mensagem “comida barata novamente”, em uma crítica direta ao governo. Com informações: Gazeta do Povo

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