Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 29 de dezembro de 2025, o presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, detalhou o plano de reestruturação da empresa estatal, que inclui a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) em janeiro de 2026. A medida visa reduzir custos em uma empresa que acumula prejuízos bilionários.
O PDV terá potencial para receber a adesão de até 15 mil empregados entre 2026 e 2027. Segundo Rondon, o programa demandará um investimento inicial de R$ 1,1 bilhão, mas gerará uma economia anual de R$ 1,4 bilhão com a folha de pagamento, com impacto pleno a partir de 2028. A iniciativa deve contribuir para uma redução de 18% nos gastos com pessoal.
“A primeira vantagem do PDV é que ele é voluntário e a gente não esteriliza a força de trabalho da empresa, não aumenta a judicialização, há um acordo que nasce e se resolve por si”, afirmou Rondon. “Outra coisa é que a gente consegue programar o PDV dentro da dinâmica de necessidade da empresa”, completou.
Outras Medidas e Projeções
Além do PDV, o plano de reestruturação prevê a alienação de imóveis sem uso operacional, com expectativa de gerar R$ 1,5 bilhão em receitas extraordinárias. Somadas, todas as iniciativas de redução de despesas devem totalizar R$ 5 bilhões em economia até 2028.
Rondon afirmou que o resultado negativo de R$ 6 bilhões registrado até setembro de 2025 não deve se alterar significativamente até o final do ano. A expectativa da administração é que o conjunto de medidas comece a produzir resultados financeiros positivos a partir de 2027.
Ao comentar o colapso da empresa, o deputado federal Coronel Chrisóstomo atribuiu a culpa aos governo Lula e seu partido. “O PT quebrou os Correios. Presidente da estatal anuncia demissão em massa de até 15 mil funcionários. É lamentável, porque na ‘eleição’ de Lula, vídeos circularam mostrando funcionários dos Correios comemorando. Agora não podem chorar!”, reagiu o parlamentar nas redes sociais.