“Não existe nenhum traidor no alto comando. Estão plantando isto. Vocês devem ter uma noção a quem interessa esse tipo de discórdia”, escreveu o ex-ministro do Turismo no governo Bolsonaro, Gilson Machado, ao rebater rumores sobre a existência de supostos “generais melancias” na cúpula do Exército Brasileiro.
Os rumores surgiram após comentários do jornalista Paulo Figueiredo Filho, que durante uma programação na rede Jovem Pan, na segunda-feira (28), afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria um interlocutor com o alto comando do Exército.
Essa pessoa, o suposto interlocutor, seria José Levy Mello do Amaral Junior, ex-Advogado-Geral da União (AGU) que atualmente ocupa o cargo de Secretário-Geral da Presidência do TSE, considerado um cargo de confiança. Levi e Moraes já trabalharam juntos no Ministério da Justiça no governo Temer.
Levy seria amigo íntimo do general Valério Stumpf Trindade, um dos cotados para assumir o comando do Exército. Ocorre que, na realidade, tudo não passa de especulação, não sendo possível confirmar qualquer atitude irregular por parte dos militares no sentido de prejudicar o governo com informações privilegiadas.
Essa noção foi reforçada com a publicação de Gilson Machado, que esteve “dentro” do governo e, não por acaso, dificilmente faria uma afirmação sem ter algum respaldo nos fatos. Em resposta ao ex-ministro, Paulo Figueiredo escreveu:
“Depende do que quer dizer com ‘traidor’. O que eu disse em Os Pingos nos Is de hoje é a precisa descrição da realidade – não plantada por absolutamente ninguém. Se está desinformado, dá um pulo no Palácio, converse e volte aqui. Pode ser também que só esteja de politicagem.”