De acordo com o relatório anual Global Firepower Index (GFP) de 2025, que avalia a força militar convencional de 145 nações, as Forças Armadas do Brasil caíram na posição na lista das mais fortes do planeta, embora se mantenha como a mais poderosa da América Latina e uma das principais do mundo, mantendo-se 11° posição.
O ano passado, o Brasil ocupava a 10° posição, ficando entre as Forças mais fortes do planeta. O ranking, que leva em consideração mais de 50 fatores individuais—desde poder de fogo e efetivo de tropas até logística, capacidade industrial e recursos naturais—posiciona o Brasil de forma consistente, considerando o panorama mundial.
O país permanece atrás de potências como Estados Unidos, Rússia, China, Índia, Reino Unido, Coreia do Sul, Japão, Paquistão e França. Tudo é levado em consideração na elaboração da lista, e não apenas a utilização de armas.
O orçamento de defesa do Brasil, por exemplo, para 2024, que serve de base para a projeção de 2025, foi estabelecido em aproximadamente US$ 20,2 bilhões. Este valor representa um incremento modesto em relação a anos anteriores, mas ainda é considerado aquém do potencial econômico do país por analistas de defesa, situando-o em 12º lugar em termos de gastos militares brutos.
Principais Componentes do Poderio Militar Brasileiro:
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Efetivo de Pessoal: O Brasil conta com uma força total de aproximadamente 360.000 militares na ativa, com um adicional de 1.340.000 indivíduos na reserva. Esta massa de pessoal coloca o país em 16º lugar no item “Mão de obra militar”.
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Poder Terrestre: O Exército Brasileiro possui um inventário que inclui cerca de 449 tanques de guerra principais (MBTs), 1.920 veículos blindados de reconhecimento e de assalto e 586 sistemas de artilharia de lançamento múltiplo de foguetes (MLRS). A modernização da frota, com projetos como o carro de combate VBTP-MSR Guarani e o desenvolvimento do blindado Cascavel, continua em andamento.
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Força Aérea: A Força Aérea Brasileira (FAB) detém uma frota aérea total de aproximadamente 715 aeronaves, das quais 434 são classificadas como aeronaves de asa fixa, incluindo caças como os F-5EM e A-29 Super Tucano, e os modernos caças Gripen E/F, cuja entrega está em fase de conclusão. A frota de helicópteros é de 281 aeronaves.
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Poder Naval: A Marinha do Brasil, um dos pilares tradicionais de sua defesa, opera um total de 112 embarcações, 6 submarinos convencionais (com o S-BR Riachuelo, primeiro da classe Scorpène, já em operação), 7 fragatas e 49 navios-patrulha. O programa de desenvolvimento de submarinos de propulsão nuclear (SN-BR), conhecido como PROSUB, segue como um projeto estratégico de longo prazo.
Especialistas do setor, citados no relatório, apontam que a posição do Brasil reflete menos uma capacidade de projeção de poder global e mais uma forte capacidade de dissuasão e vigilância em seu vasto território e áreas marítimas. A geografia única do país, com a Amazônia e uma extensa costa, exige uma força militar voltada para a vigilância e defesa territorial.
O relatório também destaca a robusta base industrial de defesa nacional, com empresas como Embraer (aeronáutica) e Avibras (sistemas de mísseis e artilharia), que contribuem para uma relativa autonomia no fornecimento de certos equipamentos e na sustentação das operações.
Em conclusão, o ranking de 2025 confirma o Brasil como a principal potência militar sul-americana, com uma força balanceada e significativa, embora enfrentando desafios contínuos de modernização de seu parque de equipamentos e de adequação orçamentária para manter e expandir suas capacidades estratégicas.