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    “Moraes está avançando todos os sinais e já tomou o lugar do PGR Gonet”, alerta jurista

    Wálter Maierovitch, ex-desembargador e referência no judiciário brasileiro, participou de uma entrevista onde destacou a atuação questionável, em sua avaliação, do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Para ele, o fato de Moraes ter pedido a abertura de um inquérito para investigar facções criminosas no Rio de Janeiro caracteriza um desvio de finalidade quanto à magistratura, uma vez que cabe ao Ministério Público esse papel.

    Entenda o caso

    O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, confirmou na quinta-feira (6) a abertura de novo inquérito para apurar a atuação de facções criminosas no Rio de Janeiro. A investigação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito da ADPF das Favelas.

    A decisão judicial, tomada na noite de quarta-feira (5), inclui duas linhas investigativas principais: a verificação de esquemas de lavagem de dinheiro ligados a facções e milícias, e a apuração de possíveis infiltrações de organizações criminosas no poder público. O diretor-geral afirmou que a PF “já instaurou o inquérito policial nos termos da decisão” e está “produzindo conhecimento nos termos da decisão” do relator.

    Andrei Rodrigues ressaltou que a PF já mantém investigações em curso sobre o crime organizado no Rio por meio de sua Superintendência local e da Diretoria de Combate ao Crime Organizado (Dicor). “Agora, com o relator e essa determinação específica, nós dentro dessa ADPF vamos instaurar esse e quantos inquéritos que forem necessários”, complementou.

    As declarações foram dadas durante cerimônia na sede da PF em Brasília para assinatura de acordos de cooperação técnica com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Interpol Global Academy.

    Contexto da decisão

    A medida do ministro Alexandre de Moraes, que atua como relator temporário da ADPF das Favelas (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 635), ocorre após a megaoperação policial no Rio de Janeiro que resultou em 121 mortos, incluindo quatro policiais.

    Em despacho sigiloso ao qual a CNN Brasil teve acesso, Moraes determinou que a PF preste informações sobre o andamento das investigações estabelecidas no acordo homologado com o governo estadual do Rio, além de comunicar sobre a “adoção às demais investigações cabíveis” relacionadas ao enfrentamento do crime organizado.

    Assista, abaixo, o comentário de Wálter Maierovitch a respeito deste inquérito:

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