O Comando do Exército Brasileiro, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, emitiu diretriz determinando a proibição de concentrações e acampamentos em frente a instalações militares em todo o território nacional. A medida, anunciada na manhã desta quinta-feira (5), é efetiva para o feriado do Dia da Independência, celebrado no próximo domingo (7 de Setembro), e se estenderá até o dia 12 de setembro.
Em comunicado oficial, o general Paiva afirmou que “as portas dos quartéis estarão fechadas para manifestações de qualquer natureza”. Ele reforçou o caráter apartidário da instituição, declarando: “O Exército não é arena para disputas políticas. Nossa missão constitucional é a garantia da lei e da ordem, e a defesa da Pátria”.
A decisão ocorre no contexto do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), iniciado na última quarta-feira (2) e com previsão de término para a próxima semana. A medida também faz referência explícita aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando grupos de manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Do lado dos organizadores, o pastor Silas Malafaia, que convocou atos para a data, afirmou em suas redes sociais que as manifestações serão “pacíficas e dentro da lei”. O objetivo declarado é “protestar contra o que consideramos uma perseguição judicial e pela aprovação do projeto de anistia” relacionados aos processos contra Bolsonaro e aliados.
O Ministério da Defesa emitiu nota endossando a decisão do Comando do Exército, reafirmando que “as Forças Armadas são instituições de Estado, permanentes e regulares, e não se envolvem em questões político-partidárias”. A pasta também determinou o reforço da segurança no perímetro de todas as unidades militares durante o período citado.