Em entrevista exclusiva ao Pleno Notícias, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) manifestou veemente repúdio à decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF), que nesta quinta-feira (17) manteve o decreto governamental sobre o aumento do IOF, revogando apenas a alíquota incidente sobre crédito sacado.
Gayer expressou profunda frustração com o que chamou de “autoritarismo judicial“, acusando Moraes de silenciar a vontade popular. O parlamentar também direcionou críticas contundentes a colegas da oposição que, segundo ele, se omitem por “medo de retaliações“, traindo a confiança dos eleitores que os colocaram no Congresso.
– Vivemos um momento de exceção! E o pior é ver que, no Parlamento, só uma fração ínfima da oposição assume a linha de frente, enfrenta as arbitrariedades. Somos meia dúzia dispostos a reagir. A saída? Que os demais, que ainda têm um pingo de coragem, rompam o silêncio – desabafou Gayer.
O deputado goiano descreveu uma sensação de impotência sistêmica. Afirmou que todas as ferramentas institucionais à disposição do Congresso foram esgotadas sem resultado.
– Já tentamos de tudo: CPIs, pedidos de impeachment, investigações em todas as instâncias possíveis. O povo cobra ação, e garantimos que estamos no limite do possível. Mas como jogar quando as regras são desrespeitadas? A democracia está sendo asfixiada.
Gayer finalizou com uma crítica direta ao que considera o “supremacismo judicial” de Moraes:
– Mais uma vez, o Congresso foi atropelado pela caneta de um magistrado não eleito. O governo emite um decreto, nós usamos todos os instrumentos legais para combatê-lo, e um único homem, sem mandato popular, cala a representação nacional e ignora o clamor de milhões de brasileiros. Isso não é Justiça; é imposição.