O advogado de defesa do ex-assessor presidencial Filipe Martins, Jeffrey Chiquini, usou as redes sociais para fazer um desabado após a revelação de que o também ex-assessor de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, confirmou que Martins não viajou aos Estados Unidos, como alegam as acusações que o mantiveram preso por mais de seis meses.
Leia a íntegra do texto publicado por Chiquini nesta segunda-feira, o qual vem repercutindo nas redes sociais e na imprensa nacional:
“Como advogado de Filipe Martins, afirmo com absoluta convicção: meu cliente foi mantido preso ilegalmente por mais de seis meses, sem indiciamento, sem denúncia, sob pressão e sob tortura, com base numa acusação tão absurda quanto falsa, uma viagem que ele jamais realizou e que ele sequer era proibido de realizar.
Hoje o Brasil todo sabe disso. E, como essas ilegalidades foram expostas publicamente a todos, o Filipe segue sob censura, sem poder se manifestar, sem poder conceder entrevistas e é proibido até de ser filmado ou fotografado.
Tentam esconder Filipe Martins e jogar seu caso no esquecimento porque ele se tornou o exemplo vivo de todas as ilegalidades que temos enfrentando neste momento tenebroso do nosso país: perseguições política, prisões arbitrárias, tentativas de forçar delações falsas para implicar alvos políticas, censura e outros ataques sistemáticos às liberdades e garantias fundamentais.
Filipe foi preso para forçá-lo a delatar mentiras. Foi pressionado para construir uma narrativa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Resistiu. Foi colocado numa solitária, mas não cedeu. Deixou claro que preferia morrer na cadeia a acusar falsamente pessoas inocentes. E agora, por ter resistido, tentam silenciá-lo.
Até quando essas ilegalidades persistirão? Até quando meu cliente será mantido em prisão domiciliar, proibido até de existir, apenas porque a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República não sabem como esconder as ilegalidades cometidas contra ele?
Essa é a face do Brasil que hoje choca o mundo e que, infelizmente, já começa a cobrar um preço alto — político, moral, diplomático e econômico — de todo o Brasil.”