À medida que se aproxima 1° de janeiro, data marcada para a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República, críticos do petista que não aceitam o resultado das eleições do dia 30 de outubro também sobem o tom contra os atuais comandantes das Forças Armadas.
Entre eles está o empresário Otávio Fakhoury, presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) de São Paulo. Por meio das redes sociais, Faka, como é mais conhecido, disse que se Lula tomar posse, os atuais líderes do Exército, Marinha e Aeronáutica serão vistos como “leprosos”.
“Não será necessário”, disse Faka ao comentar a notícia de que o petista dará a ordem para que os novos comandantes militares acabem com as manifestações que estão sendo realizadas em frente aos quarteis.
Isso porque, segundo Faka, “se Lula tomar posse, essas pessoas sairão dos quartéis por conta própria, para nunca mais voltarem. E os tais comandantes serão vistos como leprosos pela sociedade.”
Na antiguidade, a doença causada pela bactéria Mycobacterium leprae ou Mycobacterium lepromatosis, conhecida como “lepra”, mas que atualmente é chamada de hanseníase, era motivo de segregação entre os infectados, pois não havia cura ou controle. Por causa disso, os doentes viviam distantes dos aglomerados urbanos e eram muito discriminados, sendo tratados como impuros.
Ao fazer referência à lepra, portanto, Faka quer dizer que, na prática, se os atuais comandantes das Forças Armadas aceitarem a posse de Lula, serão tratados pela sociedade atual com absoluto desprezo, como indignos de conviver com o povo.
Lula foi diplomado na última segunda-feira (12) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ato caracteriza o reconhecimento oficial por parte da corte da vitória do petista no dia 30 de outubro, quando disputou a Presidência da República contra Jair Messias Bolsonaro (PL), atual chefe do Executivo.