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Interferência? Toffoli, indicado por Lula ao STF, foi assessor e advogado do PT

O anúncio de que o governo do presidente Jair Bolsonaro nomearia para a chefia da Justiça e da Polícia Federal figuras próximas da sua família gerou muitas críticas. O que chama atenção, porém, é a forma aparentemente tendenciosa com que a grande imprensa trata o assunto.

Isso porque, no passado, durante o governo Lula, algo ainda mais estranhou aconteceu, mas sem que causasse na mídia a mesma reação negativa.

Dias Toffoli, atual presidente do Supremo Tribunal Federal, foi o oitavo ministro indicado por Lula para o quadro de membros da mais alta corte do país. Nada anormal se o então candidato a ministro já não tivesse atuado como assessor parlamentar da liderança do PT, cargo que exerceu até o ano 2000.

Antes de ser nomeado advogado-geral da União, em 2007, Toffoli exerceu, vejam só… a função de advogado do PT nas campanhas de Lula em 1998, 2002 e 2006 e ocupou o cargo de subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil, de 2003 a 2005, segundo informações do G1 publicadas em 17/09/2009.

Toffoli, portanto, não apenas era próximo de Lula, mas de todo o seu partido, já tendo trabalho por eles durante anos, indo parar depois no Supremo Tribunal Federal, instância máxima do poder judiciário nacional.

Ora, a indicação do advogado não teria apontado a intenção do então presidente da República, na época, de interferir no sistema judiciário? Mas isso não é só!

Toffoli: condenado em 1ª instância

O então advogado Dias Toffoli, antes de ser indicado por Lula para o STF, também foi condenado em 1ª instância.

Em setembro de 2009, Toffoli e seus sócios no escritório de advocacia Firma Toffoli & Telesca Advogados Associados SC foram condenados pela 2ª Vara Cível do Amapá a devolver R$ 420 mil aos cofres públicos do Estado, informou a JusBrasil na época.

Estas são apenas algumas informações que exemplificam o nível de proximidade questionável de figuras políticas com os seus indicados, que vão desde os cargos comissionados ao Supremo Tribunal Federal, a exemplo do caso Lula-Toffoli.

Essa constatação não exime a preocupação com esse tipo de indicação, quer do passado ou no presente, mas revela o quanto boa parte da mídia é incoerente e notadamente militante quando quer atacar ou defender figuras específicas. 

Para saber mais, leia: “Devo escolher alguém amigo de quem?”, ironiza Bolsonaro sobre novo diretor da PF.

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