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Frias tentará cortar financiamento público de projeto LGBT “Criança Viada Show”

Frias tentará cortar financiamento público de projeto LGBT “Criança Viada Show”

Reprodução: Google

O Secretário Especial de Cultura do Governo Federal, Mario Frias, anunciou que tentará ingressar com recurso judicial para tentar barrar o financiamento público da pasta da Cultura para um projeto LGBT denominado “Criança Viada Show”, idealizado no município de Itajaí, em Santa Catarina.

“É lamentável que os recursos, repassados devido a imposição da Lei Aldir Blanc, sejam usados para fins políticos/ideológicos, e não para seu real motivo, o financiamento da cultura”, escreveu o secretário em sua rede social nesta sexta-feira (14).

Com a repercussão da informação, a notícia sobre o projeto que havia sido publicada no site da Prefeitura local acabou sendo excluída. Como parte da programação, está agendada para este sábado uma “Roda Bixa”,  diz um cartaz que passou a circular nas redes sociais.

Segundo os organizadores do projeto, a ideia é reunir ativistas para discutir sobre traumas de infância, resistência LGBT e sobre uma possível reconstrução do passado, o que justificaria o nome “Criança Viada Show”.

“Vivemos no país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo. Chegar à vida adulta e poder falar sobre isso é um privilégio e um dever”, comentou o artista e organizador do projeto, Daniel Olivetto, segundo o ND+.

Mas, para Mario Frias, esse tipo de programação não deve receber verba pública, visto que o objetivo caracterizaria “desvio de objeto” em relação à Cultura, não sendo contemplado pelos interesses da sua pasta.

“A lei não me permite controlar os editais lançados pelos estados e municípios, mas, para mim, há um claro desvio de objeto, e a aplicação do recurso com conteúdo que não tem a ver com as manifestações culturais”, diz o secretário.

“Roda bixa, roda hétero ou roda alienígena não tem relação com os aspectos e manifestações da nossa cultura. Verificarei mais a fundo essa questão, para ver como será juridicamente possível garantir que os recursos da cultura não sejam aplicados para outros fins”, conclui Frias.

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