Durante sua visita oficial à França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protagonizou cenas incomuns ao lado do presidente Emmanuel Macron. Em evento na galeria Vernissage, o petista se deitou no chão para tentar imitar acrobatas pendurados no teto durante exposição do artista Ernesto Neto.
Imagens registraram Lula, de 79 anos, levantando as pernas e utilizando a câmera profissional do fotógrafo Ricardo Stuckert para capturar as performances aéreas.
O episódio ocorreu horas após um apelo direto de Lula nas negociações sobre o acordo Mercosul-União Europeia, estagnado desde 2019. Em declaração literal ao colega francês (Registro da Presidência, 14h22):
“Meu caro, abra seu coração para fazer esse acordo com nosso querido Mercosul. Não deixarei a presidência sem concluí-lo”. Macron, contudo, manteve a posição histórica francesa, exigindo garantias ambientais e proteção contra distorções competitivas (Comunicado do Eliseu, 18h15).
Críticas conservadoras: O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) questionou: “Enquanto o agro espera acesso a mercados, o presidente brinca de fotógrafo amador? Isso reflete falta de seriedade”. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) reforçou: “Gestos assim transmitem descompasso com a urgência econômica, especialmente com desemprego em 8,1%” (IBGE, maio/2025).
Contexto técnico explica o ceticismo:
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O acordo acumula 26 anos de negociações frustradas;
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A França mantém 287 barreiras não-tarifárias contra produtos brasileiros (MDIC, 2024);
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61% dos empresários consideram “improvável” a conclusão até 2026 (Datafolha, 5/06).
A diplomacia performática de Lula contrasta com a complexidade das negociações. Enquanto líderes europeus exigem contrapartidas concretas, o apelo emocional mostra-se incompatível com as realidades do comércio global – realidade já superada em acordos efetivos da era Bolsonaro, como o tratado com a EFTA. Assista: