O senador Renan Calheiros resolveu abandonar a CPI da Pandemia nesta sexta-feira (18), assim como outros senadores da oposição, na presença dos médicos infectologistas Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves, ambos defensores do tratamento precoce do novo coronavírus.
Calheiros disse que se recusa a questionar os profissionais de saúde. Os senadores Marcos Rogério e Eduardo Girão lamentaram o fato, apontando clara parcialidade do relator da CPI, uma vez que ao deixar de interrogar os depoentes, o mesmo mostra que oferece tratamento diferenciado aos convocados.
Os demais senadores de oposição também deixaram o plenário da CPI. Em vez de indagarem os especialistas na Comissão, eles convocaram uma entrevista coletiva com a imprensa para divulgar uma lista de pessoas que passarão a ser investigadas, entre elas estão a médica Nise Yamaguchi e o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Marcos Rogério também protestou em sua rede social: “VERGONHA! Dois médicos deixam as suas atividades para vir à CPI prestar esclarecimentos, e são surpreendidos com uma sala esvaziada com o abandono do relator e integrantes da oposição. Essa CPI não está interessada na verdade, somente na confirmação de narrativas!”, disse ele.
Médico que defende o tratamento precoce na CPI diz que sofre “extrema coerção”