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Para general, o Brasil deveria ser uma “potência nuclear” para ter poder de dissuasão

Para general, o Brasil deveria ser uma "potência nuclear" para ter poder de dissuasão

Foto: reprodução/Google

Conhecido por assumir posições frequentemente polêmicas, o general Paulo Chagas (reserva) fez uma publicação defendendo o direito do Brasil se tornar uma “potência nuclear”, a fim de que possua poder de decisão e dissuasão militar, caso exista essa necessidade. Leia abaixo a íntegra do seu texto:

Em agosto de 1995, ao assinar o MTCR (Regime de Controle da Tecnologia de Misseis), o então Presidente Fernando Henrique Cardoso declarou que: “O Brasil não possui, não produz e não pretende produzir, importar ou exportar mísseis militares de longo alcance, capazes de transportar armas de destruição em massa”, quando a soberania e o futuro da Nação exigiam que ele tivesse dito que o Brasil não pretendia possui-los ou produzi-los enquanto a situação da ordem mundial continuasse a indicar que o País não os necessitava.

O Brasil também não precisava ter aberto mão do direito de dominar a tecnologia completa do átomo.

A nossa Constituição compromete-nos com o uso pacífico desse conhecimento, não havendo em nossa história e em nossa índole qualquer indício de que possa vir a transformar-nos em risco para a humanidade.

Ao aderir ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), o governo de então criou séria vulnerabilidade no poder de decisão e de dissuasão, bem como no respeito devido ao Brasil como país responsável, senhor de seus atos e livre para decidir seu futuro e a forma de relacionar-se com as demais nações.

O Brasil não deveria ter aberto mão do conhecimento nuclear e do direito de convertê-lo em poder nuclear, quando assim lhe conviesse a responsabilidade e a soberania.

Havia e ainda há argumentos suficientes para fazer ver ao mundo a posição pacífica do Brasil diante dos conflitos que o rodeiam e, mais do que isto, de impor seu direito soberano de decidir sobre si mesmo.

“Um senhor prudente não pode nem deve cumprir a palavra dada quando tal cumprimento se volta contra ele e as razões que o levaram a assumir o compromisso não existem mais” (Maquiavel – “O Príncipe”).

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