Desde que o presidente Jair Bolsonaro fez a leitura de uma manchete de uma mídia acusada de promover teorias conspiratórias, relacionando algumas vacinas com a suposta maior suscetibilidade à Aids, o chefe de Estado brasileiro passou a ser alvo de críticas, punições por parte das mídias sociais e de uma proposta que pede o seu banimento das redes.
Isso porque, agências de checagem de fatos afirmam que o que Bolsonaro leu é falso. Mesmo Bolsonaro alegando que fez a citação de uma fonte jornalística renomada, o mesmo passou a ser alvo de críticas por “fake news”. O senador Randolfe Rodrigues, por exemplo, vice-presidente da CPI da Pandemia, reagiu à fala do presidente da República, anunciando uma solicitação do seu banimento das redes sociais.
“Temos um delinquente contumaz na Presidência da República! Informo que incluiremos, no relatório da CPI, a fala mentirosa e absurda de Bolsonaro associando a vacina contra a COVID-19 à AIDS”, postou o senador em sua rede social.
“Além disso, encaminharemos ofício ao Ministro Alexandre de Moraes, pedindo que Bolsonaro seja investigado por esse absurdo no âmbito do inquérito das fake news e recomendaremos às plataformas de redes sociais a suspensão e/ou o banimento do Presidente”, completou Randolfe.
Já para a deputada estadual e professora de Direito Penal da USP (Universidade de São Paulo), Janaína Paschoal, o possível banimento de Bolsonaro das mídias sociais é algo perigoso. Ela alertou que quem hoje defende tal medida pode vir a sofrer a mesma punição no futuro.
“Quem está achando boa a ideia de banir Bolsonaro das redes deveria abrir bem o olho, pois pode ser o próximo! Esse caminho é perigoso e pode não ter volta!”, afirmou Janaína.
Quem está achando boa a ideia de banir Bolsonaro das redes deveria abrir bem o olho, pois pode ser o proximo! Esse caminho é perigoso e pode não ter volta!
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) October 26, 2021