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Chapa Tarcísio e Michelle para disputa presidencial em 2026 ganha força em ala do PL

Chapa Tarcísio e Michelle para disputa presidencial em 2026 ganha força em ala do PL

Foto: reprodução/Google

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, tornou-se centro de debates no Partido Liberal (PL) após reportagem do UOL revelar mensagens de 2023 em que Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Bolsonaro, ironizava sua possível candidatura à Presidência.

O episódio acelerou a saída de Wajngarten do comando da comunicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme fontes partidárias confirmaram à imprensa nesta terça-feira (28/05).

Nas trocas de mensagens obtidas do celular do tenente-coronel Mauro Cid, assessor próximo a Bolsonaro, Wajngarten encaminhou em 27 de janeiro de 2023 uma notícia sobre a cotação de Michelle para concorrer à Presidência pelo PL. Cid respondeu: “Prefiro o Lula”. Wajngarten replicou: “idem”.

O diálogo, segundo aliados de Michelle, foi decisivo para a ruptura com o ex-assessor, que cuidava da imagem de Bolsonaro desde 2019.

Estratégia Política

A movimentação ocorre em meio a especulações sobre o futuro eleitoral de Bolsonaro, alvo de processos de inelegibilidade. Rosana Valle (PL-SP), deputada federal e presidente da Executiva Estadual do PL Mulher em São Paulo, defende Michelle como nome “estratégico” para ampliar a base feminina.

“Ela ocupa um espaço que estava vago, com uma postura distante do estilo ‘duro e inflamado’. Isso impacta mulheres que se sentem deslocadas no debate público”, afirmou Valle, que convive com Michelle desde 2023.

Desde a segunda metade de 2022, Michelle assumiu papel central na campanha do marido, focada em reduzir a rejeição entre eleitoras. Dados do Instituto Datafolha da época mostravam que 53% das mulheres rejeitavam Bolsonaro no segundo turno, contra 43% dos homens.

Tarcísio

Enquanto Michelle busca espaço, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é visto como sucessor natural do eleitorado bolsonarista em caso de inelegibilidade do ex-presidente.

Em evento no Palácio dos Bandeirantes na semana passada, Tarcísio adotou retórica religiosa ao lançar um programa contra a pobreza: “Falamos de legado e galardão perante Deus, pois a melhor forma de servi-Lo é fazer a diferença”, declarou, ecoando temas caros à base evangélica.

Analistas ponderam, porém, que a ascensão de Michelle depende de articulação partidária. O PL ainda não definiu se priorizará nomes da família Bolsonaro ou aliados como Tarcísio em 2026.

Procurada, a assessoria de Michelle não comentou as mensagens vazadas. Wajngarten, via redes sociais, negou “desrespeito” à ex-primeira-dama, mas confirmou sua saída do núcleo de comunicação de Bolsonaro.

Contexto:

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